Você já se perguntou por que os filmes mudos, como os de Charles
Chaplin, por exemplo, parecem acelerados? Se você nunca percebeu o efeito, veja
“Em busca do Ouro” (Charles Chaplin, 1925) e note como tudo se movimenta
rapidamente.
O cinema atual consiste na ilusão do movimento causada pelo
aparecimento de sucessivas fotografias, diante da retina do olho humano, a uma
velocidade de 24 fotos por segundo. Significa que 2 segundos equivalem a um
filme de 48 poses.
Ocorre que os filmes mudos foram fotografados com uma câmera que rodava a 18 fotos por segundo, porém, com a invenção do cinema sonoro (O Cantor de Jazz, 1927), as câmeras passaram a bater 24 fotos por segundo e os projetores, obviamente, acompanharam essa evolução. Então, todos os projetores foram substituídos por novos projetores que rodavam mais rápido (24 f/s) do que a velocidade de filmagem dos antigos filmes mudos (18 f/s) – isso explica o “efeito” acelerado.
Ocorre que os filmes mudos foram fotografados com uma câmera que rodava a 18 fotos por segundo, porém, com a invenção do cinema sonoro (O Cantor de Jazz, 1927), as câmeras passaram a bater 24 fotos por segundo e os projetores, obviamente, acompanharam essa evolução. Então, todos os projetores foram substituídos por novos projetores que rodavam mais rápido (24 f/s) do que a velocidade de filmagem dos antigos filmes mudos (18 f/s) – isso explica o “efeito” acelerado.
Com a invenção do vídeo e da televisão veio outra invenção
revolucionária: o telecine. O telecine é uma máquina que transforma o filme em
vídeo e é utilizado até hoje. Ele reproduz o filme a 24 fotos /segundo e o
grava a 30 quadros por segundo – velocidade do vídeo. Mesmo com tanta
tecnologia, ninguém lembrou dos filmes mudos.
Dizem que o telecine não foi adaptado à
atual velocidade (24 f/s) devido às dificuldades técnicas geradas pela grande
variedade de sistemas de vídeo com velocidades muito diferentes. Eu acho que
foi também por causa da inviabilidade comercial desses filmes antigos – não
compensava, economicamente, o desenvolvimento de uma nova tecnologia.
De tanto ver filmes mudos indevidamente telecinados, a humanidade
padronizou o formato. Hoje, quando uma novela, um filme, um vídeo-clipe, um
comercial de TV ou um programa de televisão se referem ao passado, a imagem é
mostrada como num filme a 18 quadros por segundo.
Quantas vezes,
nos deparamos com uma realidade obviamente esdrúxula e nem nos damos conta,
apenas a aceitamos e tocamos em frente. Como quando abrimos nosso portal de
notícias preferido e vemos um filme de uma criança de 2 anos fumando maconha.
Ou quando paramos no semáforo e vemos meninos e meninas de 10, 12 anos pedindo
esmola para os pais comprarem crack, enquanto deveriam estar na escola. Não
paramos para pensar o porquê de o filme estar mais rápido. Aliás, eu sempre
achei que o filme mudo era mais rápido só para ficar mais engraçado.
35 mm
Foi a bitola criada por George Eastman em 1889, a princípio para
fotografia fixa, mas em seguida utilizada também nas primeiras experiências de
cinema. Os primeiros filmes rodados pelos irmãos Lumiére, em 1895, foram já
realizados em 35 mm, apesar de as características de perfuração da bitola só
terem sido definitivamente padronizadas em 1899. Mais tarde, em 1927, o filme
35 mm foi adaptado para receber som óptico. Tanto no período do cinema mudo
quanto após a introdução do som, a bitola 35 mm foi o padrão para produções
profissionais no mundo todo, com raríssimas excepções.
Ainda hoje (2010), mesmo com o avanço da tecnologia digital, o
filme de 35 mm continua sendo a bitola mais utilizada no cinema do mundo
inteiro, tanto na filmagem quanto na projeção. É também ainda muito utilizado
para captação de imagem nos sectores de publicidade e videoclipes na maioria
dos países, e em muitos telefilmes e séries para TV, especialmente nos Estados
Unidos.
Fonte : Otaku no Ie
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